Conheça as áreas em que a Motricidade Oral trabalha.

A Motricidade Oral é uma especialidade da Fonoaudiologia, que atua com a prevenção e reabilitação dos músculos da face e das funções: Sucção, Deglutição, Respiração, Mastigação e fala. Profissionais de outras áreas como a Neurologia, Odontologia, Fisioterapia e Otorrinolaringologia atuam juntamente com o fonoaudiólogo nas questões relacionadas à Motricidade Oral.

Sucção
Sugar é um ao reflexo mas nem por isso pouco importante.
É através de uma sucção correta e eficiente que as estruturas faciais se desenvolvem para que posteriormente possamos falar de maneira eficiente.
A amamentação natural (no seio materno) é de grande importância pois promove o esforço necessário durante o ato de sugar, para que o desenvolvimento muscular necessário para a fala, mastigação, deglutição e respiração aconteça de forma adequada.

Atenção!
O uso da chupeta inadequada pode causar alterações no palato (céu da boca) e na mandíbula. Pode provocar protusão dos dentes incisivos superiores, além de causar incompetência labial e mordida aberta anterior.

Deglutição
A deglutição (o ato de engolir) inicia-se dentro do útero da mãe, por volta do 3º mês de gestação.
Com 12 meses a criança estará ingerindo alimentação sólido.

Um teste simples para verificar a deglutição.
( serve para criança e adultos).
Engole com os lábios fechados?
O queixo fica com furinhos quando engole?
Faz movimentos com a cabeça para ajudar a engolir?
Quando engole, sobram alimentos na boca?
Engasga freqüentemente?
Coloca a língua entre os dentes?
Tem dificuldade de engolir algum alimento? Qual?

Se a resposta for sim para uma ou mais perguntas, procure um fonoaudiólogo!

Fique atento para outros hábitos da criança que podem causar problemas de
Motricidade Oral.
Sugar o dedo
Sugar o lábio superior ou inferior.
Sugar a língua.
Sugar a chupeta por mais de 2 anos.

Respiração
A respiração adequada ocorre com a inspiração (puxar o ar) pelo nariz, onde o ar será filtrado, aquecido e umedecido; e a expiração (saída de ar) pela boca.
Existem muitas razões que impedem que a pessoa respire pelo nariz, como alergias, presença de corpo estranho, tumores, fraturas, entre outros. Logo, a pessoa passa a respirar pela boca.

Fique atento: caso apresente alguns dos itens abaixo você pode estar respirando de forma inadequada. Por isso procure um otorrinolaringologista ou o fonoaudiólogo. Esses são os profissionais que poderão lhe ajudar.
Você sente falta de ar ou insuficiência respiratória?
Sente cansaço rápido quando faz atividades físicas?
Sente que a percepção do seu olfato diminuiu?
Sente sede constante?
Engasga com facilidade?
Dorme mal? Possui olheiras ou um olhar cansado?
Espirra saliva ao falar, e não sabe controlá-la?

Mastigação
É a função de morder e triturar o alimento preparando-o para ser deglutido e digerido de forma adequada, contribuindo para um bom desenvolvimento dos ossos da face.

Como está sua mastigação?
Você morde pedaços de comida muito grandes?
Faz barulho quando engole? Fica resíduo?
Mastiga sempre de boca aberta?
Mastiga só de um lado?
Bebe água ou algum líquido durante a mastigação?
Não consegue engolir todo o bolo alimentar mastigado?
Engasga freqüentemente?

Se você se encaixou nessas perguntas, procure o seu fonoaudiólogo.
A mastigação é um exercício essencial na prevenção de distúrbio da fala e da deglutição.

Fala
Por volta dos 3 meses de idade o bebê começa a emitir alguns sons que vão se desenvolvendo até às primeiras palavras, por volta de 1 ano. A partir daí, as frases mais simples e mais complexas vão acontecendo de acordo com o seu desenvolvimento.

Observe o comportamento do seu filho
Ele faz trocas nas palavras, como prato = plato?
Ele não fala a palavra inteira, como televisão = telesão?
As pessoas não entendem o que ele fala?

Espera-se que a criança, por volta de 4 anos de idade, não se encaixe nessas perguntas. Na dúvida, procure o seu fonoaudiólogo.

O SIMBOLO DA FONOAUDIOLOGIA

Este símbolo foi escolhido através de concurso e votação por fonoaudiólogos em março de 1998 e instituido a partir da resolução 216/98 do Conselho Federal de fonoaudiologia.
Este símbolo representa o Heráldico, que significa a arte e a ciência das figuras e cores do escudo de armas (um brasão).
A forma estilizada no centro refere-se à emissão e recepção do som pelo corpo humano.
O "F", lembra o despertar da serpente, esse movimento nas práticas orientais desperta o homem para compreensão mais ampla da vida e do Universo. Nesse sentido é também força de cura e de vivificação.

A história da Fonoaudiologia

Data da década de 30 a idealização da profissão de Fonoaudiólogo, oriunda da preocupação da medicina e da educação com a profilaxia e a correção de erros de linguagem apresentados pelos escolares.
Na década de 60, deu-se início ao ensino da Fonoaudiologia no Brasil, com a criação dos cursos da Universidade de São Paulo (1961), vinculado à Clínica de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1962), ligado ao Instituto de Psicologia. Ambos estavam voltados à graduação de tecnólogos em Fonoaudiologia, sendo que o primeiro currículo mínimo, fixando as disciplinas e a carga horária destes cursos, foi regulamentado pela Resolução n° 54/76, do Conselho Federal de Educação.
Nos anos 70, tiveram início os movimentos pelo reconhecimento dos cursos e da profissão. Foram criados, então, os cursos em nível de bacharelado, e o curso da Universidade de São Paulo foi o primeiro a ter seu funcionamento autorizado, em 1977. Sancionada em 09 de Dezembro de 1981, pelo então presidente João Figueiredo, a Lei n° 6965, que regulamentou a profissão de Fonoaudiólogo, veio ao encontro dos sonhos de uma categoria profissional, que ansiava ser reconhecida. Além de determinar a competência do Fonoaudiólogo, com a Lei, foram criados os Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia, tendo como principal finalidade a fiscalização do exercício profissional. As atividades do Conselho Federal de Fonoaudiologia tiveram início em 1983.
Em 15/09/84, pela Resolução CFFa n° 010/84, foi aprovado o primeiro Código de Ética da profissão, que elencava os direitos, deveres e responsabilidades do Fonoaudiólogo, inerentes às diversas relações estabelecidas em função de sua atividade profissional. O crescimento da profissão, a ampliação do mercado de trabalho do Fonoaudiólogo e uma maior conscientização da categoria têm levado os Conselhos de Fonoaudiologia à revisão de toda a sua Legislação.
O primeiro fruto deste esforço conjunto foi a elaboração de um Código de Ética novo aprovado em 17/12/95.