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Portadora de SÍNDROME de DOWN e mãe da Valentina Há no mundo cerca de 30 casos documentados de mulheres com a síndrome que deram à luz. Uma delas é Maria Gabriela, mulher de Fábio e mãe da pequena Valentina
Solange Azevedo (texto) e Rogério Albuquerque (fotos), de Socorro (SP)
EM FAMÍLIA Valentina não herdou a deficiência intelectual do pai, Fábio, nem a síndrome de Down da mãe, Gabriela. Tio, a barriga da Gabriela está dando socos. "Foi assim, no meio de um bate-papo inocente, que o estudante Fábio Marchete de Moraes, de 28 anos, deixou escapar que ele e a mulher brincavam de "examinar" o ventre dela. Fábio não imaginava que as pancadinhas partiam de uma criança em gestação. Maria Gabriela Andrade Demate, a dona da barriga, também de 28 anos, não fazia idéia de que estava grávida. Embora estivessem juntos havia três anos, dividindo o mesmo teto e a mesma cama, Fábio e Gabriela acreditavam que o sexo entre eles fosse proibido. Seus pais nunca tinham dito, de maneira explícita, que permitiam esse tipo de intimidade. Gabriela tem síndrome de Down. Fábio é deficiente intelectual. Foi por desconfiar do abdome saliente de Gabriela que o amigo de Fábio procurou a mãe da jovem. "Os dois vêm a minha choperia quase todos os dias e me chamam de tio", diz Vlademir Cypriano. "Eles me contam coisas que não falam para mais ninguém." Um teste de farmácia, comprado às pressas, não foi suficiente para eliminar a suspeita. "Mesmo vendo as duas listrinhas do exame, não acreditava que a minha filha estivesse grávida", afirma Laurinda Ferreira de Andrade. "Levei Gabriela a três ginecologistas e nenhum deu certeza de que ela pudesse ter um bebê. Percebi que estava ficando mais gordinha. Mas achei que fosse por comer demais". A gestação avançada, descoberta aos seis meses, gerou pânico e encheu a família de dúvidas. Até o nascimento prematuro de Valentina, transcorreram cerca de 60 dias. "Foram os mais longos da minha vida", diz Laurinda. Minha filha não tinha feito o pré-natal desde o início, como é recomendado. Por causa da síndrome de Down, ela poderia ter problemas cardíacos. A gravidez era de risco". Apesar de o processo de inclusão dos deficientes na sociedade estar distante da perfeição, Gabriela representa uma geração que tem desbravado caminhos. Quando ela nasceu, em 1980, não era comum avistar crianças Downs nos arredores de Socorro – município paulista de 33 mil habitantes fincado na divisa com Minas Gerais, onde Gabriela cresceu – nem pelas ruas de grande parte das cidades brasileiras. "Na hora do parto, perguntei ao médico: Doutor, a minha filha é perfeita? ", diz Laurinda. "Ele me respondeu: O que é ser perfeita? É ter braços? Pernas? Então ela é perfeita". A postura positiva de Laurinda, mãe de Gabriela, foi determinante no desenvolvimento da filha. Gabriela deu os primeiros passos sozinha aos 2 anos e 8 meses. Na infância, tinha medo de água e de andar de bicicleta. Afogava-se na piscina, mas pulava de novo até aprender a nadar. Ao andar de bicicleta, caía. Ralava as pernas. Subia de volta e pedalava. Apesar dos hematomas que ganhava nas aulas de judô, lutou para chegar à quarta faixa. Gabriela resistiu aos golpes – e revidou –, a ponto de pendurar uma medalha no peito. Dançou balé. Foi rainha de bateria de escola de samba e tocou tamborim numa ala dominada por homens. Gabriela fica indignada por não dirigir. "Se todo mundo pode, por que eu não posso?", diz.
http://revistaepoca.globo.com/ | ||
Fonte: www.aleitamento.com | ||
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Fonte:Revista Época - Ed. Globo | ||
Data: 28/10/2008 Essa é uma das mais belas histórias que eu já conheci. Que DEUS os abençoe a a família que terá uma participação especialíssma nesse caso. |
domingo, 2 de novembro de 2008
MAMÃE é DOWN!
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5 comentários:
Estive aqui para agradecer-lhe a visita e, principalmente, as palavras deixadas no DIÁRIO DE EROS. Porém a história de Gabriela e Fábio surpreendeu-me. Apesar da minha idade e da minha instrução, sempre soube que os downs não geravam filhos, daí omotibo da minha surpresa.
Aproveito para fazer-lhe um convite: caso tenha interesse em literatura, visite meu outro espaço, o PORTAL DA POESIA (joesio.blogspot.com).
Um forte abraço.
Joésio
Estou muitíssimo agradecido por você ter aberto caminho para que eu viesse aqui e deparasse com relato tão lindo emocionante gratificante. Somos mais, podemos mais. Pelo amor as possibilidades tornam-se totalmente ampliadas. Lindo, lindo, lindo este encontro que dá ao meu dia luminosidade outra.
Cadinho RoCo
Oi Roberta, desculpa nao ler o tem post hoje, pois estou correndo com a blogagem coletiva que tem início amamnha e termina no sábado.
Aqui neste link:
http://saia-justa-georgia.blogspot.com/2008/10/adocao-um-ato-de-nobreza.html
Tem o post da convocatória sobre a blogagem. Assim vc poderá ler toda a questao em si.
Me confirma no blog blogagem, se vc quer participar com um post falando sobre este assunto num desses dias. Nós fizemos um blog só para colocarmos as postagens que foi esse que vc visitou.
Pretendo atualizar a lista de participantes e se vc puder ainda me confirmar te coloco hoje mesmo, senao amanha, isso nao tem problema. O mais importante é falarmos sobre ese assunto.
Um garnde abraco e obrigada.
Aqui o link do blog blogagem:
http://blog-blogagem.blogspot.com/
Um grande abraco
Roberta, coloquei este seu blog como participante na blogagem, está bem?
Agora é só postar.
beijao
Roberta já está lá na lista de participacao. O que ainda nao consta é na lista dos que já postaram.
Obrigada beijao
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